Marielle Presente!
Mulher, negra, lésbica, mãe e socialista. Cria da favela da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Começou sua participação na luta por direitos humanos ainda no cursinho pré-vestibular comunitário, quando perdeu uma amiga vítima de bala perdida.
Marielle era uma militante anticapitalista e uma mulher de partido. Construiu o Psol nas mais diferentes frentes, tendo destaque na fundação do núcleo do Psol na Maré e na construção do Setorial de Mulheres do Psol. Também coordenou a atuação da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do RJ junto ao mandato de a Marcelo Freixo
Eleita vereadora do Rio de Janeiro em 2016 com 46.052 votos, a quinta mais votada da cidade, presidiu a Comissão da Mulher da Câmara e propôs diversos projetos e iniciativas durante pouco mais de um ano de mandato.
Em 14 de março de 2018, Marielle foi brutal e covardemente assassinada a tiros junto com o seu motorista, Anderson Gomes, no bairro do Estácio, quando saía de uma atividade com mulheres negras no centro do Rio de Janeiro. Um crime político, que quis mandar um recado de medo aos que resistem. Não foi morta apenas uma parlamentar de esquerda: foi morta uma parlamentar socialista, mulher, negra, que amava mulheres e favelada. Esses corpos são vistos como descartáveis no Brasil do preconceito e da violência permanente.
Quem mandou matar Marielle não imaginava que ela se tornaria milhares, milhões de sementes. Seu corpo e sua vida foram interrompidos, mas suas lutas não. Os protestos contra sua morte ecoaram mundo afora e Marielle se tornou um símbolo de muitas lutas e resistências. Nas eleições de 2018, diversas mulheres do Psol foram eleitas deputadas em todo o país, levando com sua luta o legado de Marielle, entre elas Renata Souza, Mônica Francisco, Dani Monteiro e Talíria Petrone.
Mas ainda estão engasgadas em nossas gargantas as perguntas: quem mandou matar Marielle e Anderson? Qual a motivação do crime? É fundamental que o Estado dê respostas e proponha saídas para a violência política brasileira. É preciso, também, investigar a fundo a atuação de grupos criminosos, especialmente as milícias, e sua ligação com o caso.
Seguiremos em luta por justiça para Marielle e Anderson!
Texto adaptado de https://florescerpormarielle.psol50.org.br/